Saquê e Mirin: a diferença entre a bebida e o condimento japonês

Saquê e Mirin: a diferença entre a bebida e o condimento japonês

Saiba mais sobre a bebida popular no Japão e a aplicação de sua versão culinária nas receitas do dia a dia

A utilização de bebidas alcóolicas na hora de cozinhar é bem difundida em todo o mundo. Usa-se conhaques para flambar carnes, vinhos para o risoto… No caso do saquê não é diferente, mas muita gente desconhece que existe um tipo específico para degustar puro ou preparar drinques e a versão culinária, chamada de kirin, que na cozinha oriental é quase tão importante quanto o shoyu e o missô.

Saquê

O saquê é uma bebida fermentada feita de arroz e servida pura, como reza a tradição, e utilizada no preparo de drinques. Seu teor alcóolico pode variar entre 14% e 22%. As primeiras produções do saquê datam de pelo menos 2.500 anos atrás, na China, quando o processo era artesanal. Com o passar dos anos, templos e santuários no Japão passaram a fazer seu próprio saquê, ajudando na produção em massa e popularização da bebida.

Produção de saquê: bebida é resultado da fermentação do arroz

A qualidade do saquê depende, principalmente, do tipo de arroz utilizado – o principal deles é o yamadanishiki. Quanto mais polido o arroz, mais refinada costuma ser a bebida. Atualmente, além do Japão, encontram-se bons saquês produzidos nos Estados Unidos, no Canadá, na Coréia, em países europeus como Espanha e Inglaterra, e até no Brasil. A data de 1º de outubro é considerada o Dia Mundial do Saquê.

Saquê servido puro: teor alcóolico da bebida varia de 14% a 22%

Mirin, o saquê culinário

Já a versão culinária é considerada um vinho de arroz japonês, de teor alcoólico menor do que na tradicional. Diferente do saquê, a fermentação do mirin é feita com malte de arroz, criando um produto final rico em açúcar em sua composição.

O sabor forte e levemente adocicado do saquê mirin faz dele um dos principais condimentos da culinária asiática, usado em preparos clássicos como o frango teriyaki. Dentre as vantagens na cozinha, seu açúcar natural ajuda a deixar os alimentos brilhantes e coloridos, enquanto o álcool contribuir para a maciez das carnes e redução do odor de peixes.

Sake Mirin: versão mais adocicada, de uso culinário

Como cozinhar com o Sake Mirin Kenko

O mirin é surpreendentemente versátil e dá um toque especial aos alimentos, destacando o sabor umami – um dos cinco sentidos do paladar, muito característico da culinária japonesa. Veja as principais formas de uso:

Cocção – assim como em receitas com vinho ou cerveja, o álcool do mirin evapora durante o cozimento, restando somente o sabor. Seja em filés, cubos ou desfiados, as proteínas ficam mais saborosas com um toque de mirin no preparo! Faça o teste nesse Badejo à Moda Sakura ou na cocção de vegetais.

Badejo à Moda Sakura

Caldos e sopas – o sabor adocicado do mirin harmoniza com diversos ingredientes, como em uma deliciosa Canja Vegana.

Conservas – ideal para auxiliar na textura licorosa e no sabor marcante do clássico Sunomono.

Molhos – misture o mirin a shoyu, wasabi, gengibre ou qualquer ingrediente que for de sua preferência para fazer um molho ideal para sushis ou use-o em uma receita de molho para massas, como nesse Nhoque de Missô.

Shimeji na manteiga – nesse clássico dos rodízios japoneses, o saquê mirin entra na hora do preparo na frigideira, para deixar os cogumelos brilhantes e ainda mais saborosos. Veja a receita completa aqui.

Shimeji na Manteiga

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